Na matemática tenho certeza que sim, mas eu me refiro na decoração.
Estava zepeando pela internet quando vi uma matéria sobre este assunto na Rue Magazine.
Interessante esta história de regras, aprendemos a teoria e no nosso trabalho, nós profissionais de decoração as usamos instintivamente, sem racionalizar sobre elas.
Enfim, esta regra traz harmonia e pontos de interesse para o espaço, seja através da cor, forma, altura ou tipos de peças decorativas.
Hoje vou dar uma de prof...
COR : A cor que você deseja que seja o ponto de interesse, deve aparecer três vezes no mínimo em um ambiente, dependendo de quais peças você escolheu para ter esta cor e quais peças serão em cores neutras.
As imagens dizem mais que o texto...
Base neutra pede muitos pontos de cor do seu interesse...
Cores fortes ou neon sobre base neutra, nem tantos...
...mas não nos deixam desviar o olhar destas peças.
Este esquema de cores tanto pode ser ousado como moderado, mas lembre-se: nada de dar apenas um toque de cor, use logo os três!
Agora você vai ver como a cor de seu interesse pode aparecer diversas vezes misturada a outra e que se relacionam na tabela de cores...
Alguma dúvida que o lilás é a cor escolhida? Ele aparece em muitos pontos de interesse permitido pelo azul, que é uma das cores que compõe o lilás.
FORMA : Ao colocar móveis e acessórios, procure unificar as formas, ou seja, que as peças do ambiente sigam a mesma linha, isto criará uma aparência coesa.
Aqui a lareira, a estrutura do telhado e o batente da porta superior todos têm curvas similares que se equilibram com a peça sobre a lareira, o lustre e a cadeira estofada. Sacou?
Não preciso dizer mais nada... a regra se repetiu aqui.
ALTURAS : Para as alturas, a regra de três é inversa. Ao escolher três objetos para fazer uma composição, busque três alturas diferentes.
O olho desenha um triângulo entre os três, criando interesse visual.
Veja a sensação que dá olhar este ambiente: quadro, espelho e colunas em alturas diferentes...
A intenção é chamar atenção para os três objetos que são de grande importância, se os três estivessem na mesma altura, o espelho por estar no centro roubaria a cena e as colunas antigas e o quadro seriam meros coadjuvantes. O olho passeia em busca de novidades!
Sinta a diferença...
O castiçal alto sobre a mesa formando a terceira altura diferente entre o espelho e as ânforas na lateral da lareira salvou o visual, pelo menos por este ângulo. Sem ele a decoração seria monótona e veja como ele atrai nosso olhar para a produção sobre a mesa.
OBJETOS : colocar objetos de uma mesma natureza em grupos de três, cinco, sete... e por aí vai, também cria uma riqueza visual e faz com que o olho passeie pelo ambiente.
Com um número ímpar, o resultado final ficará mais equilibrado do que se você tivesse apenas um par.
Além de utilizar um número ímpar de objetos, o efeito terá melhor resultado se você variar as alturas.
Dentro deste conceito, se houver interesse você pode também fugir à regra de um determinado objeto...
... 3 pendentes, 5 vasos de murano e 4 quadros. Como toda regra tem uma exceção, aqui eu fugi à regra com os quadros, aparecem 2 na foto, mas são 4 na realidade.
Nesta composição os pendentes e os vasos de murano levam o olhar para os quadros, uma coleção muito boa de gravuras importantes e assinadas, assim não importa se são em números pares ou ímpares, elas impactam por si só.
Já imaginou dispensar uma, só para racionalizar a regra?
Nesta regra, três é bom, cinco é ótimo e sete nunca é demais...
Sabe por que é muito bom conhecermos estas regras?
Para quando interessar, fugir delas com propriedade e imprimir personalidade na sua decoração, e isto pode ter certeza, é o mais importante!
Até mais...
Fotos: Pinterest / Eliane Sampaio Interiores