Ter tempo é um luxo, ler um livro em um único dia, é mais que luxo, é um Triple A!
Gosto tanto de ler que minha wishlist no celular não é de perfumes e cremes, é de livros.
Apesar de bem reduzidas hoje em dia, espero que as livrarias físicas nunca acabem, eu amo a experiência de ir à livraria, folhear, ler as resenhas e escolher um livro; bom, um só livro se eu estiver doente, não saio com menos de três. Tenho horror em pensar que um livro possa acabar e eu não tiver outro ali, prontinho para começar.
Tem livrarias com consultores, mas só algumas, hoje é raro este tipo de assessoria, então resolvi criar este espaço – SALA DE LEITURA – para compartilhar com vocês minhas impressões dos livros que já li.
Vamos então à inauguração...
SUBMISSÃO de Michel Houellebecq
Aguardei ansiosamente o lançamento no Brasil, pois Soumission (título original) é considerado um livro polêmico.
Resenha da Editora: “François é um professor universitário que leva uma vida solitária. Infeliz no amor, pouco motivado pelo sistema acadêmico, tudo o que ele quer é manter uma rotina aborrecidamente calma, à margem dos grandes eventos históricos. Não é o que acontece. Num futuro próximo, ele acompanha pela TV desdobramentos dramáticos, que prometem mudar o panorama político e social da França. Pela primeira vez na história do país, o segundo turno das eleições presidenciais é disputado pelo partido de extrema direita e pela chamada Fraternidade Muçulmana”.
Minhas Impressões: Michel é um autor genial e profundo, que em sua narrativa nos envolve em seus questionamentos sobre a vida moderna, sobre o relacionamento físico e amoroso e sobre religião e crença. O personagem François é um professor universitário que defendeu uma tese sobre a obra de Huysmans, um autor francês do século IXX, que era ateu de vida desregrada e se converteu ao Catolicismo. François ficou tão apaixonado e aficionado por este autor que por conta disto, leva uma vida similar à de Huysmans. O bônus do livro é que através dele, temos contato também com o mundo e os pensamentos de Huysmans.
Assim como Huysmans, François é ateu... até que o mundo ao seu redor, o “status quo” social e político, se transforma abruptamente e ele se converte ... ao islã.
Confesso que antes de iniciar a leitura, eu viajei mais que o autor... rsrsrsss. Imaginei que a ideia de um partido muçulmano governando justamente a França, eu teria neste livro um cenário de ficção popular, com relatos de acontecimentos e consequências desta nova realidade. Decepção? Não, apenas o autor é muito, mas muuuiiito superior às minhas pobres conjecturas.
Até mais...
P.S: Minhas notas sobre os livros aparecerão assim...